O Espírito e a magia dos amantes
Como estancar este sangramento do meu peito, como estancar esta energia que me consome e me faz arder em uníssono com a saudade do espaço em que rasgávamos o tempo, em nossas estripulias de centelhas, a bailar inconsequentemente, no éter de nosso universo próprio.
Como Abandonar teu cheiro impregnado em meus sentidos. Contorcendo meus nervos e músculos. Me armando de uma carapaça negra de fantasmas a cravejar minhas lembranças...
Movo me Pateticamente, como que sem destino, em uma eterna desorientação.
Uma nova forma nasce dentro de mim. Uma gestação de angústias e desespero. Entre lágrimas e desassossego, vou trilhando os longos dias de insanidade que já fizeram de mim um arremedo de mim. Um crepúsculo da minha alma.